No período Neolítico, com a descoberta da fiação de tear, foi estabelecida a manufatura de tecidos como lã, algodão e linho na forma retangular, assim, passaram a ser modelados em volta da cintura, sobre os ombros e presos por broches.
Esta técnica primitiva de modelagem tridimensional, em forma de drapeamentos de tecidos sobre o corpo, com o auxílio de cordões, faixas e cintos, foi a marca do vestuário das antigas civilizações oriental e clássicas. Segundo Rigueral (2002): “Por volta de 600 a.C, surge a tesoura, dando início a técnica do corte no Oriente, com as modelagem em formas de túnicas”.
No período das cruzadas, com a reabertura da relação comercial com o Oriente, houve uma troca de informações, tecidos e principalmente a técnica do corte, por onde já se encontrava bastante aprimorada. As corporações de ofícios formadas pelos artesões que eram os responsáveis pela modelagem e confecção das roupas, nesse período. (LAVER, 1996:56)
No século XVI, período áureo do Renascimento, para Fontes (2005), com as nações já estabelecidas e o aumento de luxo produzido pela prosperidade mercantil, teve início o período do renascimento, marcado por grande transformação cultural em todas as áreas da sociedade, dentre eles representados pela base de todos os processos tecnológicos da modelagem na atualidade.
As indústrias investem em novas tecnologias para melhorar o processo de produção, buscando diferenciais para se manterem competitivos com o mercado, atendendo clientes cada vez mais exigentes, que procuram conforto, qualidade e valorização da estética. A modelagem é de fundamental importância para o desenvolvimento dos modelos.
Para um trabalho de qualidade, o profissional da modelagem deve saber relacionar o trabalho a ser desenvolvido de acordo com o perfil do consumidor. Qualquer área da moda, começando, desde a pesquisa de tendências, tecidos e cores da moda pode contribuir por vender uma roupa, mas se a modelagem não for bem feita, compromete a venda desses produtos por mais que estejam resolvidos esteticamente.
A modelista é a responsável para deixar a peça de roupa de acordo com a necessidade do consumidor final. Para ser uma boa modelista, não basta saber dominar as réguas. Com as pressões que incide sobre o mundo da moda, este profissional precisa ter conhecimento de geometria, irá fazer uso constante de réguas de escala, deverá saber discernir os mais distintos tecidos e caimentos, e trabalhar com medidas e proporções, a fim de buscar soluções e complementar a ideia do estilista.
O profissional modelista pode expressar artisticamente, por meio da modelagem através da técnica. A aprendizagem e as novas técnicas de modelagem começam a estruturar-se de forma mais sistemática, de acordo com as exigências dos novos tempos. Com a mudança do perfil do consumidor, a moda, voltada para os comportamentos e as atitudes das pessoas, inova tendências e modelos a serem reproduzidos e exige deste profissional o conhecimento de arte, geometria, antropometria, ergonomia, matemática, risco, corte e costura.
Os estudos antropométricos ajudam a investigar as diferenças e proporcionalidade corporal, com a finalidade de definir as tabelas de padronização de medidas para a indústria do vestuário, facilitando o trabalho da modelista.
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